A emancipação feminina no mercado de trabalho é uma luta que
surgiu desde muitas décadas, por meio de movimentos de igualdade de gêneros e
de organizações específicas. Com isso, muitos direitos básicos já foram
conquistados e as mulheres ocupam cada vez mais posições em empresas de
diversos segmentos; no entanto, nem todos os setores da economia possuem uma
participação efetiva das mulheres, o que faz com que o preconceito aumente e
que, ciclicamente, o espaço feminino nesses lugares seja cada vez menor.
Um desses segmentos é o automobilístico. Ainda que a mulher,
há muito tempo, tenha autonomia não só para dirigir veículos, mas também para
atuar em todos os setores relacionados a eles – desde a projeção de automóveis
até a sua construção e, posteriormente, suas vendas e reparos - ainda existe
uma certa resistência à presença delas nesse setor.
Para driblar a situação, a KD Pneus, maior e-commerce de
pneus do Brasil, promove a inserção de mulheres em todos os seus setores e,
além disso, conta com uma equipe de atendimento especializado composta somente
por mulheres. Para a gerente de atendimento especializado a clientes Mariana
Bertolini, a iniciativa é fundamental para fortalecer o papel feminino dentro
desse setor. “Nós, mulheres, conquistamos muito nos últimos anos, mas ainda
falta um longo caminho para ser percorrido. Iniciativas como essa são
essenciais para o mercado de trabalho e para a ruptura com o
preconceito”.
Além disso, a remuneração das mulheres em nível global ainda
é inferior à dos homens. De acordo com dados do Relatório de Desenvolvimento
Humano de 2015, as mulheres recebem cerca de 24% menos que os homens, embora
sejam responsáveis por 52% do trabalho global. Nesse sentido, a KD Pneus
certifica-se sempre de que todos os funcionários são remunerados por seu
trabalho de acordo com o posto e com a correspondente faixa salarial,
independente do gênero. Júnior Scarpa, o diretor da empresa, aponta a
importância dessa postura. “Não se pode manter os antigos preconceitos – é
preciso lidar com as situações e minimizar todas as barreiras que restam para a
igualdade de gêneros. Agindo da maneira correta dentro da nossa empresa,
estamos fazendo nossa parte para isso”, afirma Scarpa, dizendo que mesmo assim
ainda há casos em que o cliente desconfia do atendimento feito por uma mulher.
“Infelizmente tiveram casos de cliente que estranhou ser
atendido por uma mulher, mas o conhecimento técnico dos nossos funcionários é
de alto nível, independentemente do gênero. As mulheres são tão especialistas
quanto os homens e, como consumidora, pela nossa experiência, elas têm um
comportamento mais crítico na hora da compra e eu acredito que compram com mais
conhecimento”, comentou o diretor.
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