A tosse é um mecanismo de defesa e de limpeza do organismo. Quando o problema persiste, no entanto, é sinal de que há algo mais grave
Nem sempre é fácil identificar qual é a origem da tosse –
que pode ser alérgica ou infecciosa –, mas isso é fundamental para escolher o
tratamento mais adequado. Para ajudar a entender a diferença entre os sintomas,
uma dica do Dr. Levon Mekhitarian Neto, médico otorrinolaringologista e Mestre
em Ciências da Saúde, pode ajudar: "A tosse se torna um sintoma da gripe quando
aparece junto a um quadro nasal de obstrução, coriza e espirros, associada ou
não a febre e dor de garganta" explica.
"Os sintomas da gripe são mais intensos nos três
primeiros dias da infecção e acabam se atenuando depois de uma semana. Já a
tosse e o cansaço podem se estender entre duas e três semanas", esclarece.
No entanto, quando o problema persiste, algo ainda mais grave pode estar
acontecendo. Poucas pessoas relacionam a tosse a problemas de refluxo
gastresofágico, por exemplo. Além disso, se ela for 'seca' e piorar sempre ao
deitar ou se vier acompanhada de falta de ar e chiado no peito, pode ser
sintoma de uma crise de asma ou bronquite.
O médico reforça que gripe é uma doença contagiosa,
transmitida de uma pessoa para a outra. Trata-se de uma infecção do trato
respiratório causada pelo vírus influenza. Esse vírus tem como porta de entrada
a garganta causando inflamação de toda via respiratória superior incluindo a
laringe onde se origina a tosse. Portanto, ela se torna um mecanismo de limpeza
das vias aéreas por meio de uma explosão de ar.
As complicações ocasionadas pela gripe são mais acentuadas e
ocorrem geralmente em idosos, crianças e nos portadores de doenças crônicas. As
mais comuns são pneumonias virais ou bacterianas, otite, sinusite, laringite,
desidratação e exacerbação de quadros crônicos respiratórios como bronquite e
asma. "A maior atenção deve ficar por conta da pneumonia, pois ela é a
piora de quadros crônicos respiratórios. O diagnóstico deve ser rápido, pois a
causa é responsável por uma boa parcela da morte de adultos e idosos."
O tratamento das complicações é geralmente feito com
antibióticos, por um período de sete a 10 dias, juntamente com medicações
homeopáticas que têm encontrado cada vez mais espaço, especialmente para
pessoas impossibilitadas de usar outro tipo de medicação, como no caso de
pacientes idosos e crianças, pela ausência de efeitos colaterais e por ter uma
posologia simples. "Os medicamentos deste tipo costumam estimular a
resposta orgânica. Eles podem ser usados sempre de forma preventiva e curativa.
No caso da gripe, a homeopatia pode ser utilizada como terapêutica exclusiva ou
associada", completa o Dr. Levon.
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